Saindo do casulo

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Lendo os blogs amigos, percebi que tenho sérias dificuldades em me abrir aqui. Não sei se é porque a maioria que lê me conhece, se é por vergonha ou qualquer outra coisa. Estava lendo o blog da D. Cristiane e ela conta como era no começo do casamento, das bobeiras que fez e como corrigiu, aff... que difícil!!

De qualquer forma, vou tentar contar mais de mim, ser mais pessoal, levar a fé pro lado pessoal mesmo. Já fiz tanta burrice, alguma coisa aprendi, não é??

Espero que sim! kkkkkk


Bom vou começar contando sobre o meu temperamento. Sou descendente de italianos, daqueles tipo "calabrês" de "sangue quente". Emotiva até o último fio de cabelo, uma verdadeira manteiga derretida. Brigar sempre foi fácil pra mim, e fazer as pazes também. Bem do tipo que briga, quebra prato e depois se abraçam e choram... Então cheguei a uma situação em que não podia brigar, porque percebi que não seria fácil fazer as pazes, já não era mais uma bobeira e se tratava do meu pai. Ele sempre foi um grude, mesmo depois que separou da minha mãe. Só fui ter mais 'paz' quando meu sobrinho nasceu e passou a ser o grude-mor da família. É difícil lidar com família que não é da fé, eles simplesmente não entendem nossas atitudes, pai então, é pior, porque fica querendo se meter. Foi difícil. Foi um verdadeiro exercício de domínio próprio pra não "quebrar o pau" no meio da rua, mesmo. Só sei que ensaiei, ensaiei, ensaiei, ensaiei... sabia o discurso decor e salteado. Palavras escolhidas a dedo para que nada pudesse ser usado contra mim, para não faltar com o respeito, apenas deixar claro que o amo, não quero brigar, mas que a vida é minha e faço o que eu quiser, afinal não é ele quem me sustenta, nem lava minhas roupas. E se ele insistisse em se meter a coisa poderia ficar feia. E daí a culpa seria dele.

Ele ficou desacorçoado. Deu dó, sério. Sumiu por um tempão. Era como se estivéssemos brigados, mas eu sabia que não estava. Aos poucos fomos nos reaproximando, e percebi que ele tenta me entender, apesar de ainda não conseguir. 

É claro que também senti a dor da separação, mas não dá para ser a filhinha do papai para sempre.

Percebi também que não dá para viver grudado na família, que é pior, que se você dá chance, eles se metem mesmo!!  Daí um fica falando mal do outro, quem garante que não estão falando de você? Se escondem atrás da desculpa de que "é família" e acham que podem tudo.

Disso tirei a importância do domínio das emoções. Foi bom para mim, porque não me arrependi de nada, principalmente porque não fiz nada que não deveria. Mas veja o sofrimento por que passa quem não consegue se controlar, no caso dos pais, por exemplo, que não conseguem deixar de se meter na vida dos filhos. Vivem preocupados, frustrados e podem até tornar a vida dos filhos um inferno. E depois dizem que querem que eles sejam felizes.

Se você passa por algo assim, aja com a cabeça e não com o coração. Deixe claro seus limites, senão além do seu relacionamento ficar desgastado, é bem provável que acabem perdendo o respeito um pelo outro, e daí como você vai ser um exemplo a ser seguido??

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"Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!" 1 Cor 9:16

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